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BRUCELOSE BOVINA

14/6/2022 17:28

O cuidado com a sanidade do rebanho é essencial na produção animal e isso depende, principalmente, do manejo que é praticado dentro da propriedade. É importante que a gestão seja correta, executar as boas práticas de manejo e ter uma assistência veterinária eficiente e frequente para garantir a saúde dos animais, o que resulta em aumento de produtividade e fins lucrativos na pecuária para o produtor.

A prevenção e controle de doenças que acometem os rebanhos bovinos são fundamentais na produção animal. A brucelose bovina é uma zoonose: que são enfermidades transmissíveis entre homens e animais. (AIRES et al., 2018).

A brucelose bovina é uma doença infectocontagiosa, ocorre através de bactérias do gênero Brucella, sobretudo pela Brucella abortus. Como é uma zoonose de distribuição mundial, causa sérios problemas sanitários, interferindo principalmente na parte econômica (CARDOSO, 2016).

Essa enfermidade causa perdas no rendimento industrial porque condena o leite e a carne provenientes dos animais infectados. Além de que, os gastos são altos para que seja feito os programas de controle e erradicação da doença.

O pecuarista tem perdas na produção animal porque o número de abortos que ocorre devido a doença é alto, além de nascer bezerros fracos, acomete também a fertilidade dos animais nas propriedades rurais (SOLA et al., 2014).

 

TRANSMISSÃO

A transmissão ocorre através do contato do animal com outro infectado ou por exemplo a bactéria se aloja nas mucosas (olhos, boca, nariz e etc.). Geralmente, o que está infectado são as secreções do parto, a placenta, o feto abortado, porque as mães costumam “limpar seus bezerros” e depois vão se alimentar e tomar água no mesmo local que os outros animais que não estão contaminados, então disseminam a doença.

O homem é infectado através do contato direto com animais infectados que ocorre por meio do consumo do leite cru ou de seus derivados que não recebem tratamento térmico. A carne crua e o sangue também são meios de contaminação e representam riscos ao ser humano (LICURGO, 2016).

 

SINAIS CLÍNICOS

Os sinais clínicos mais comuns nos bovinos infectados estão ligados diretamente com problemas reprodutivos. Nas fêmeas ocorre aborto no terço final da gestação, lesões nas glândulas mamarias, repetição de cio, retenção de placenta, bezerros nascidos fracos e infertilidade. No macho apresenta infertilidade porque diminui a qualidade dos seus espermas, orquite, artrite, fibrose nos testículos, etc.

No ser humano apresentam sintomas como dores musculares, sudorese, febre, fraqueza, entre outros. Podendo até ficar invalido para o trabalho (GOMES, 2019).

 

DIAGNÓSTICO

Tem o programa chamado de PNCEBT (Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose). Onde é descrito todas as formas de diagnósticos que podem ser realizados para a identificação de Brucelose Bovina.

Segundo a legislação, animais que positivarem no exame devem ser identificados com a marcação na face com a letra “P” e retirados da vida produtiva (principalmente da produção leiteira), em 30 dias do diagnóstico, ser eutanasiado ou abatido em estabelecimento sob a inspeção.

 

CONTROLE E PREVENÇÃO

A melhor maneira de prevenir a transmissão da brucelose bovina é vacinar todas as fêmeas da propriedade.

A vacinação é obrigatória em fêmeas bovinas e bubalinas entre três a oito meses de idade, utilizando a vacina B19, que é realizada via subcutânea, na região pré-escapular do animal.

A vacina RB51 é uma ótima opção, as fêmeas que passaram da idade de vacinar com B19 (acima de oito meses), obrigatoriamente devem ser vacinadas com a amostra da RB51. A vacinação contra brucelose em machos é extremamente proibida.

É valido lembrar que a vacina RB51 pode ser usada em todas as fêmeas não prenhas a partir dos três meses de idade.

A vacinação, só pode ser realizada por um médico veterinário ou agentes cadastrados no serviço oficial do estado de atuação. Alguns cuidados importantes devem ser adotados ao manejar a vacina contra a brucelose, o uso de EPIS é obrigatório: Luvas, óculos, máscaras, etc. após a aplicação da vacina, deve-se descartar, agulha, seringa e também o frasco (SOLA, 2014).

De acordo com as Agências de Defesas Agropecuária de alguns estados do país o modo de identificar com qual vacina a fêmea foi vacinada mudou, o que antes era o usado “V” mais o ultimo algarismo do ano, agora é feito dessa maneira:

  • Fêmeas vacinadas com a vacina B19 deverão ser marcadas com o algarismo final do ano na face esquerda e identificadas;
  • Fêmeas vacinadas com a vacina da RB51 deverão ser marcadas somente com o V na face esquerda.

 

CONCLUSÃO

A vacinação contra a brucelose é de extrema importância para a vida produtiva dos animais. A maior consequência que ela causa é no sistema reprodutivo, os abortos ocorrem com frequência, onde isso acarreta uma série de problemas como a retenção de placenta, infecções, repetições de cios.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

AIRES, D.M.P.; COELHO, K.O.; SILVEIRA NETO, O.J., “BRUCELOSE BOVINA: aspectos gerais e contexto nos programas oficiais de controle” 2018 Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/oNZhrk8JQ0hsGE5_2018-7-12-17-17-34.pdf. Acesso em: 17 de maio de 2022;

CARDOSO, CAROLINE ALVES, “BRUCELOSE BOVINA”, 2016. Disponível em: https://brt.ifsp.edu.br/phocadownload/userupload/213354/IFMAP160006%20BRUCELOSE%20BOVINA.pdf Aceso em: 16 de maio de 2022;

GOMES, MARIANA PAULA TORRES DE ARAUJO, “CONTROLE DE PROFILAXIA DA BRUCELOSE BOVINA: Revisão de literatura” 2019. Disponível em: https://ri.cesmac.edu.br/handle/tede/855. Acesso em: 18 de maio de 2022;

LICURGO, J.B. “PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO DA BRUCELOSE BOVINA NO DISTRITO FEDERAL”, 2015. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/22940. Aceso em: 16 de maio de 2022;

SOLA, M.C.; FREITAS, F.A.; SENA, E.L.S.; MESQUITA, A.J. “BRUCELOSE BOVINA: REVISÃO” 2014. Disponível em: http://www.conhecer.org.br/enciclop/2014a/AGRARIAS/Brucelose.pdf. Acesso em: 19 de maio de 2022.


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