ABERDEEN ANGUS

A raça Aberdeen Angus teve seu primeiro registro no ano de 1862 na Escócia, o nome se deve ao cruzamento de duas linhagens de bovinos mochos: uma do condado de Aberdeen e outra do condado de Angus. E a partir de lá a genética se espalhou por todo o mundo.

No século XVIII a raça foi melhorando geneticamente, após a Escócia e a Inglaterra se unirem. No começo os criadores selecionaram os animais de pelagem preta, com uma macha branca no úbere, pois dizia-se que era sinal de vacas boas de leite. No século 19 a raça já estava registrada, e após isso ela começo a atrair os olhares de pecuarista de países como Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e chegou ao Brasil no início do século XX.

Os animais chegaram ao Brasil pela região Sul, e o primeiro registro foi em 1º de setembro de 1906 através do pecuarista Leonardo Collares Sobrinho, na cidade de Bagé no estado do Rio Grande do Sul, que adquiriu um touro, de cinco anos de idade e pelagem preta, chamado de “Menelik” o criador era o Uruguaio Felix Bruxareo y Oribe. Entretanto é de conhecimento de todos que os animais da raça Angus já habitavam no Rio Grande do Sul antes desse primeiro registro, por isso o estado recebe o título de “berço da raça Angus no Brasil”.

No ano de 1963, um grupo de pecuaristas da cidade de Uruguaiana/RS deu o ponta pé inicial e criaram o projeto chamado Angus Brasil, o qual foi ano de fundação da Associação Brasileira de Angus, nesse mesmo período já existia mais de 1.300 animais registrados.

Hoje em dia a raça Angus já se faz presente praticamente em todo território brasileiro, por ser conhecida e comprovada como uma raça completa, deu-se o uso de cruzamento com animais zebuínos no Brasil Central para potencializar ainda mais sua expansão.

No Brasil hoje tem o programa Carne Angus Certificada que tem como objetivo a valorização da carne dos animais Angus e seus cruzamentos. É uma parceria entre a Associação Brasileira de Angus e frigoríficos, mercados e restaurantes, onde técnicos diretamente da Associação acompanham todo o processo de produção de cortes para poder certificar a qualidade da carne para atender à exigência do público consumidor.

A carne Angus é conhecida internacionalmente pela suculência e maciez superiores, associado à sua competência em produzir a campo, garante a raça Angus a posição de liderança.

PADRÃO RACIAL

O Aberdeen Angus é conhecido por ser um gado mocho e preto, entretanto, tem também o Red Angus por ter o gene vermelho recessivo em sua linhagem. A aptidão dessa raça é a produção de carne, que tem como maior destaque marmoreio, maciez e sabor.

CARACTERÍSTICAS GERAIS
Habilidade materna, longevidade e fertilidade são algumas das características das fêmeas da raça. Os bezerros nascidos das mesmas são de médio porte e são capazes e ganhar peso rapidamente, além de tudo o índice de mortalidade é baixo. Os touros Angus tem uma vida reprodutiva excelente. Quanto é feito monta natural (a campo), um reprodutor Angus, deixa em torno de 150 bezerros herdeiros de uma genética melhorada no rebanho.

- Precocidade e rusticidade também são características importantes na raça. O Angus se receber a alimentação correta, atinge a puberdade mais cedo, comparada com outras raças. Resultando em um retorno mais rápido ao pecuarista. Existem hoje o novilho precoce, são animais que foram terminados mais jovens e que rendem carcaça de mais de 300kg, que se feito a terminação corretamente o resultado é positivo, pois disponibiliza de cortes de alta qualidade aumentando o valor do produto final. Além de tudo o Angus é um animal de fácil adaptação em qualquer clima do Brasil.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

Associação Brasileira de Angus Disponível em: https://angus.org.br/. Acesso em 20 de setembro de 2022.

DUPRÉ, A.; D’AUREA, A.P.; LUCENA, A.; RAÍCES, C.; ORTOLANI, E.L.; MACIEL, G.A.; FERNANDES, L. de O.; JOSAHKIAN, L.A.; NEVES, M.F.; da COSTA, M.P.;

RODRIGUES, R.A.R.; CAMBAÚVA, V. BOVINOS DO BRASIL: Inovação, sustentabilidade e mercado. São Paulo: Metavídeo SP Produção e Comunicação LTDA (Metalivros), 2022. Cap. 2 pag 50.