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A importância da identificação dos animais

Por Gabriela Beccari Vitroca

25/3/2022 11:50

GESTÃO → Continuando em um mesmo assunto que já foi abordado, a identificação dos animais é uma das peças mais importante para conseguir obter resultados dentro de uma propriedade, porque auxilia no monitoramento da vida produtiva individualmente: nascimento ou chegada na propriedade, peso, vida reprodutiva, mortalidade, lote, dentre inúmeras informações que se consegue obter através da identificação. Ela colabora na prevenção ou solução de alguns problemas que podem aparecer ao decorrer do dia a dia nas propriedades criadoras de gado de corte. As técnicas mais comuns usadas na identificação é os brincos numerados (comuns ou eletrônicos), tatuagem e marcação a fogo.

De acordo com Schmidek et al., 2009 animais registrados com qualquer tipo de identificação, a gestão torna-se eficiente para o controle do desempenho do rebanho. É um importante recurso de manejo que aumenta a eficiência da produção pecuária. O mais interessante é que o trabalho se torna mais fácil com o animal identificado.

Quando se fala em iniciar uma gestão, o registro dos animais em planilhas é de extrema importância. O indicado é que o animal seja cadastrado com seu código (número) nos primeiros dias de vida do bezerro, ou caso seja um animal que não nasceu na propriedade, identificar assim que chegar.

O que é a identificação? São códigos compostos pela combinação de letras, números ou pelos dois juntos, que é dado a um determinado animal. Significa que cada animal terá sua identificação própria e que não deve existir nenhum outro na propriedade com o mesmo código, diferenciando dos demais animais do rebanho.

Para ser aplicado os brincos, fazer a tatuagem ou marcação a fogo é preciso ter uma equipe treinada extremamente capacitada e responsável, para que o trabalho seja eficaz e com o menor estresse possível. O manejo deve ser realizado em instalações adequadas, ou seja, em um tronco de contenção (exceção dos bezerros recém nascidos, que é realizado a pasto). Os materiais e equipamentos devem estar todos organizados na hora de realizar o trabalho com os animais a serem identificados.

 

MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO DE BOVINOS

BRINCOS: É um dos métodos mais comum utilizado em identificação de bovinos. É um método que não tem segredo, se feito corretamente, é fácil de aplicar. Ele é vendido com variedades de tamanhos e cores, fica a critério do produtor qual é tamanho usar em seus animais.

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Existem os brincos tipo bottons ou tags (transponders), que permitem seja utilizado identificação eletrônica. E os brincos de identificação SISBOV: “O Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (SISBOV) é o sistema oficial de identificação individual de bovinos e búfalos, sendo que a adesão, pelos produtores rurais, é voluntária, exceto quando definida sua obrigatoriedade em ato normativo próprio, ou exigida por controles ou programas sanitários oficiais (www.gov.br).”

Modo correto de aplicar o brinco na orelha dos bovinos:

 

Aplicador de brinco em animais (exemplo):

APLICADOR DE BRINCO UNIVERSAL, TIPO ALICATE COM AGULHA

 

MARCAÇÃO A FOGO: Considerado também, um método comum dentro das propriedades, é utilizado para identificar o proprietário do animal, raças, lotes. A marcação a fogo não é aconselhada, segundo as vigencias do bem-estar-animal. Entretanto é muito usada, no caso do controle da brucelose, é obrigatório a marca na cara. Se bem executada a marca, ela é permanente no corpo do animal e a visualização é nitida. Exemplo nas figuras: Marca a fogo de uma proprietário e marca a fogo do simbolo da ABCZ que significa que o gado é PO (puro de origem).

 

Câmara de Alcinópolis aprova Lei que regulamenta marcação de gado - MS Todo  dia

 

COMO EXECUTAR A MARCAÇÃO A FOGO

• Evitar dias de chuva, pois o animal não deve estar molhado ou sujo de lama;

• O ferro que vai ser utilizado deve estar bem quente, em brasa;

• A marca deve ser posicionada firmemente no local onde vai ser marcado, não precisa pressionar muito forte, deixe por alguns segundos e retire. Tentar não mexer a marca no momento que está sendo executado a marcação (para não borrar ou ter que repetir).

 

TATUAGEM

A tatuagem também é uma técnica permamente na pele do animal e é fácil executar. É uma aplicação feita, geralmente, nos primeiros dias de vida do animal, e em alguns caso, os pecuarista, fazem a tatuagam e colocam o brinco no mesmo momento. A posição correta para fazer a tatuagem é entre duas nervuras principais no centro da orelha do animal, caso o rebanho é controlado por tatuagem e brinco é indicado a tatuagem ser feita acima da nervura superior. 

IDENTIFICAÇÃO DE BOVINOS

• Limpar o local a ser tatuado sempre;

• Passar a tinta ou a pasta de tatuagem no local onde vai ser realizado antes de fazer a tatuagem; Para animais com a pela clara (tinta preta) animais com pele escura (tinta verde);

• Com o aplicador, organizar os numeros corretos e posicionar o mesmo na orelha no local onde foi passado a tinta e apertar, até que as agulhas perfurem a orelha;

• NÃO retire o alicate rapidamente, sempre com cautela para que não rasge ou arranhe a orelha;

• Por fim, passe novamente a tinta ou pasta para tatuagem no local tatuado. Alicate convencional de tatuagem bovina:

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CONSIDERAÇÃO FINAL

Através do texto acima podemos perceber que a identificação do animal é uma das peças chaves para uma gestão bem executada. Tem vários métodos de identificação e fica a critério do pecuarista escolher qual se adapta em seu sistema de manejo. É valido ressaltar, que o animal identificado, o produtor tem um controle sobre a produtividade do mesmo dentro da propriedade, por isso é de suma importância a identificação dos bovinos.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SCHMIDEK, A.; DURÁN, H.; PARANHOS DA COSTA, M.J.R. “Boas Práticas de Manejo: Identificação” Jaboticabal-SP: Editora Funep. 2009. 39p.

FERRARINI, C.; BENEZ, F.M.; BALDO, R.; COSTA, M.J.R.P. DA.; “Guia de práticas para pecuária sustentável” Disponível em: http://pecuariasustentavel.org.br/pdf/guia_gtps_capitulo_1.pdf, S.D., Acesso em: 02 de dezembro de 2021;

TORRES, ALCIDES. “Identificação eletrônica de bovinos” Disponível em: https://www.scotconsultoria.com.br/imprimir/noticias/8654, 2012, acesso em: 03 dezembro de 2021.


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