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Sistema de manejo e bem estar animal dentro do curral

Por Gabriela Beccari Vitroca

10/11/2021 17:37

De acordo com Froehlich (2016), as propriedades de bovinocultura de corte, estão cada vez mais aderindo as tecnologias e novidades do mercado, para modernizar e transformar desde a infraestrutura até a gestão dentro das fazendas. Hoje em dia existem treinamentos para capacitação de funcionários/pecuaristas para que pratiquem o bem estar animal de forma mais racional e agradável, abolindo o que é tido como “tradicional” que, ainda, são hábitos comuns (agressividade, gritos e choques) nas fazendas.


O bem estar animal é um tema que ainda assusta alguns produtores e empresas rurais, principalmente aqueles que tem uma cultura forte e fiel, que acreditam que estudos, tecnologias e novas técnicas de trabalho não vão fazer diferença alguma, desmotivando os seus futuros sucessores. O bem estar dos animais de produção é um dos temas mais abordados no mundo, para estes animais a qualidade de vida interfere no produto final: a carne, tornando então, um dos assuntos mais importantes para os produtores. Entretanto, de nada adianta debater o bem estar animal e implementar a causa dentro da propriedade se a mesma não tiver uma infraestrutura adequada para que seja executado um manejo correto, atendendo as boas práticas agropecuárias, visando o bem estar dos animais.


O manejo bem feito ajuda a diminuir o estresse do animal, consequentemente livrando o mesmo de dores e medo. O fornecimento de água limpa a vontade e uma nutrição equilibrada estão interligadas na produtividade desses animais, melhorando o bem estar (Pinheiro, et al., 2020).
Seguindo a linha de praticar o manejo racional dentro das propriedades, Pellenz et al. (2018), realizou um estudo onde afirma que para ter sucesso em IATF, precisa executar as práticas de bem estar animal e manejo racional, porque o estresse é o motivo maior da baixa taxa de prenhes. A falta de água e comida, o calor, lesões, contenção e manejo inadequados causam medo ao animal influenciam negativamente ao resultado final da IATF. O estrese, pode causar alteração hormonal, reduzindo a secreção de alguns hormônios que são primordiais para uma fertilidade ideal. Se feito um manejo correto, sem gritos, cachorros, choques e pauladas ajuda a diminuir o estresse do animal, tendo então, um resultado positivo.


Um manejo correto dentro do curral, exige três elementos fundamenteis: os animais, instalações adequadas e pessoas capacitadas (Resende et al., 2018):


1. ANIMAIS: O temperamento do bovino influência muito no manejo dentro do curral. Existe duas formas de melhorar o comportamento desses animais, a seleção genética e realizar técnicas que ajudem a reduzir o medo dos mesmos. Essa técnica pode ser um simples piquete ao lado do curral para que sejam manejados em lotes pequenos evitando o estresse lá dentro, ou também, o oferecimento de um alimento mais palatável após ser realizado o trabalho com eles. Sabe-se que as raças europeias são mais doceis que raças zebuínas, entretanto, com os trabalhos que vem sendo realizados nas fazendas com manejo racional e bem estar animal, o bovino zebuíno vem apresentando uma agressividade menor.


2. INFRAESTRUTURA (instalações adequadas): Onde esses animais vão ficar alojados durante todo o trabalho de manejo influencia muito no resultado final. Um dos pontos principais é o piso do curral, porque no período chuvoso, a lama se faz presente, prejudicando o trabalho com os mesmos, sem contar o estresse que gera no animal. O tamanho do curral também tem relevância, deve ser bem desenhado e calculado suas dimensões, ele deve ser construído em um lugar onde o solo tenha uma capacidade de drenagem, evitando então a formação de lama. Tudo é pensado e voltado promovendo o bem estar animal.


3. PESSOAS CAPACITADAS: Devem se adotar técnicas de manejo racional dentro das propriedades, oferecer treinamentos e cursos aos funcionários e colaboradores de toda fazenda. O manejo dos bovinos é realizado tranquilamente, quando as pessoas conhecem o comportamento dos animais.
Os animais que são manejados corretamente, se tornam mais acessíveis para a realização de trabalho, ao contrário dos animais que o manejo é incorreto, porque os animais vivem em sociedade, a espécie bovina, são fiéis aos seus colegas de rebanho por isso a adaptação de novos animais no lote tem que ser feita de maneira menos agressiva possível. Quando eles precisam passar por um manejo que causa dor, medo, isolamento social, entre outros ele pode realizar uma tentativa de fuga.
Hoje em dia existem métodos de avaliação do comportamento animal, esses testes determinam “notas” (uma classificação) para cada animal que é avaliado, durante alguma situação de manejo. As notas são determinadas de acordo com o temperamento do animal, do mais calma ao mais agressivo. O escore pode ser feito através de numeração de 1 a 5. conforme demonstrado na tabela abaixo (LEITE, 2021):


FONTE: Leite, 2020

 

Continuando na linha de raciocínio de Leite (2020), o interessante em uma propriedade é ter uma infraestrutura adequada, como um curral coberto e principalmente um tronco de contenção, para que seja realizado o trabalho com os bovinos corretamente, evitando o estresse ou até mesmo machucando o animal. Desde o nascimento até o embarque desses animais, como fase de cria onde é preciso um tronco de contenção para ser realizado ultrassonografias, protocolos de IATF, identificação das matrizes, reprodutores e bezerros, vermifugação dos mesmos, até a fase de terminação como pesagem, vacinação em geral. O importante é que o animal que for submetido a qualquer tipo de manejo dentro do curral esteja bem contido, em um tronco com pescoceiras, vazieiras ou parede móvel.


CURRAL


As propriedades hoje em dia estão dando prioridade a instalações adequadas, o curral é a peça fundamental de uma fazenda. Ele deve ser desenhado e construído para que se adeque ao manejo da propriedade. Dentro dele, é realizado todo tipo de trabalho, como identificação, marcação a fogo e tatuagem, vacinação, apartação, inseminação, vermifugação, exames andrológicos e ginecológicos, embarque e desembarque, pesagem. Para que tudo isso possa ser realizado (com segurança), o curral deve conter mangas e remangas, corredores, seringa, porteiras, tronco de contenção coletivo, tronco de contenção individual, apartador e embarcador (Filho, 2015).

 


• TRONCO DE CONTENÇÃO INDIVIDUAL


O tronco de contenção individual é a peça chave quando se fala em bem estar animal. Ele foi projetado para conter ou imobilizar completamente o animal, para se realizar o trabalho com segurança tanto para o animal quanto para o colaborador.
Um tronco de contenção possui diversas janelas com acesso ao animal, portas laterais, pescoceiras (sistema de imobilização do pescoço) de preferência lisas, sistema de prensagem no vazio do animal (vazieira). Existem também os troncos
de parede móvel, onde é contido o corpo inteiro do animal, através de uma leve pressão das paredes sobre o seu corpo, porque ele reduz o tamanho de sua estrutura por pistões e ajustes laterais. E não menos importante em um tronco individual é o protetor e coice, é o que protege o funcionário/veterinário ou qualquer pessoa quando preciso for realizar um trabalho na parte traseira do animal (ultrassonografia, inseminação, castração, transferência de embrião, etc.).
A escolha de qual modelo comprar deve ser estudada através do tipo de trabalho que é realizado dentro da propriedade. Existem também os troncos com acionamentos hidráulicos e pneumáticos, o que reduz mão de obra, tempo e um esforço menor dos colaboradores.
A manutenção do tronco deve ser sempre realizada, para aumentar sua durabilidade. O correto é seguir o que os fabricantes indicam, higienização toda vez que usar o tronco, lubrificação, cuidados com os parafusos e pistões (Filho, 2015).


CONCLUSÃO


Através da realização desse estudo. Conclui-se que na contenção de bovinos, o manejo dentro do curral é ideal. A estrutura física é um dos fatores mais importante para o bem estar do animal e do colaborador.
O manejo a ser realizado dentro do curral com vacas de cria, recria e engorda, deve ser o mais calmo possível. Ele inicia desde o momento em que essas matrizes são conduzidas até o curral e durante todo o período do trabalho. É primordial manter o bem estar desses animais, e cuidar com a forma que vai ser manejado, evitar o possível de gritos, choques, cachorros e pauladas e não deixando faltar água e comida.
A fábrica de troncos ROMANCINI, prioriza o bem estar dos animais e também do operador, por isso tem estudado sempre qual modelo se adequa melhor para cada da fase de vida dos bovinos. O tronco de parede móvel, conhecido também como tronco americano, é ideal para qualquer fase. E também é o mais indicado para trabalhar com vacas de crias e seus bezerros, porque ele auxilia na contenção lateral inteira do animal, impedindo que fiquem se debatendo dentro do tronco, além de que ele possui um ajuste inferior, fazendo com que o vão interno fique menor, podendo trabalhar com bezerros tranquilamente, sem que os mesmos fiquem rodando, deitando ou pulando dentro do tronco.
A ROMANCINI apresenta o tronco de parede móvel em dois seguimentos: Linha AUTOMAÇÃO e linha MANUAL.

 

LINHA MANUAL
S15 PLUS

 

S15 01P CP

LINHA AUTOMAÇÃO

RVELOZ 3.9 HIDRÁULICO

 

 

RVELOZ PNEUMÁTICO

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


RESENDE, F.D.; SIQUEIRA, G.R.; OLIVEIRA, I. M.; “Entendendo o conceito do boi 777” 1 ed. Jaboticabal-SP: Gráfica Multipress LTDA, 2018 pg 40-41.


FILHO, AMADEU DE OLIVEIRA. “Produção e manejo de bovinos de corte”, Cuiabá-MT: KCM editora, 2015. Disponível em: https://acrimat.org.br/portal/wpcontent/uploads/2017/05/livro-producao-e-manejo-de-gado-de-corte.pdf Acesso em: 05 de novembro de 2021.


FROEHLICH, GRACIELA. “O bem-estar na carne Um estudo antropológico sobre as relações entre humanos e animais a partir da categoria de “bem-estar animal”. Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/21510/1/2016_GracielaFroehlich.pdf. Acesso em: 04 de novembro de 2021.


LEITE, GABRIELLA SOARES. “MANEJO DE CRIAÇÃO DE BOVINOS DE CORTE DO NASCIMENTO AO ABATE: relação do estresse e a qualidade da carne”. Disponível em: https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/474 Acesso em: 05 de novembro de 2021.

PINHEIRO, L.S., SILVA, A.H.S., SILVA, L.R., WOHLENBERG,J., RIBEIRO, C.; LAMPERT, V.N.; NUNES, O.M.; FONTOURA JUNIOR, J.A.S. “Instalações Rurais e Práticas de Bem-Estar Animal na Produção de Bovinos de Corte em Propriedades Rurais do Município de Dom Pedrito-RS”. Disponível em: https://www.alice.cnptia.embrapa.br/handle/doc/1130257. Acesso em 05 de novembro de 2021.

PELLENZ, J., DACAMPO, L.D.L., BERNARDES, F.C.S., DUARTE, T. A.; “Impacto do temperamento de novilhas sobre as taxas de prenhez em um programa de IATF”. Disponível em: https://guri.unipampa.edu.br/uploads/evt/arq_trabalhos/17971/seer_17971.pdf, Acesso em 08 de novembro de 2021.


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